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Mostrando postagens de junho, 2020

Sobre o Círculo de Viena (I)

Sobre o Círculo de Viena e o empirismo moderno (I). Uma das correntes doutrinárias da filosofia contemporânea, a saber, a filosofia analítica (e empirista) tem como diretriz principal a análise lógica da linguagem . Essa orientação lógico-linguística estava presente entre as principais teses advogadas pelo chamado Círculo de Viena. Neste sentido, a filosofia analítica atual é herdeira dessa linha de reflexão filosófica que remonta ao Círculo de Viena na década de 1930. Uma das características originais do empirismo lógico defendida pela maioria dos membros do Círculo de Viena era a rejeição de qualquer pressuposto metafísico . Cabe observar que a expressão ‘pressuposto metafísico’, no âmbito dessa corrente, se refere tanto a uma doutrina acerca dos objetos suprassensíveis (i.e., objetos não materiais) quanto a uma abordagem filosófica que estabeleça de modo apriorístico (i.e., anterior a qualquer forma de experimentação) asserções e normas sobre o mundo físico. Como Stegmü...

Apresentação do Manifesto do Círculo de Viena [1929]

Slides apresentando o Manifesto do Círculo de Viena de 1929: https://1drv.ms/p/s!Ai8LADHW0t6yyWnAdRabxwUo0SL_?e=a9hUYa

Sobre o anarquismo metodológico de Feyerabend (II)

Feyerabend nos adverte que toda a investigação científica é sempre precária, uma vez que, qualquer experimento científico consiste em uma forma simplificada e incompleta de procedimentos (e aferições) sujeitos, a princípio, a (constante) revisão. Podemos objetar dizendo que: qualquer tipo de experimento está, de fato, sujeito a revisões; mas, este caráter simplificador e parcial está, por sua vez, submetido às condições do estado atual da física experimental (e da tecnologia). Em outros termos, conforme o avanço tecnológico, bem como do aprimoramento dos métodos de mensuração, aumentamos a nossa capacidade de investigação e retificamos os erros cometidos anteriormente. Feyerabend insiste, também, na presença de lacunas nas explicações científicas . Ora, sabemos que qualquer doutrina científica (ou não) é suscetível, eventualmente, de alguma falha. Não obstante, isto não significa que não seja possível, por meio de revisões devidamente conduzidas, eliminar tais 'lacunas' de...